Este é um espaço dedicado aos sonhos.

terça-feira, maio 29, 2007

Pela noite dentro


O melhor amigo do "bombeiro de serviço" é o ipod.
Azul como o céu.
Branco como a lua que me ilumina nesta madrugada.
Terás um dia o teu merecido descanso.
Por hora combate guerreiro.
Mil honras terás.
Medalhas ao peito merecerás.
Bem hajas mini ipod azul celeste.

quinta-feira, maio 24, 2007

Génios à solta

O mais europeu dos jogadores brasileiros da actualidade.
O mais elegante deles todos.
A arte e o engenho ao serviço do futebol em porções q.b. para ficar o gosto por mais e melhor e não enjoar de vez como tantos outros dentuças que por aí nos quiseram fazer crer que Pelé, Maradona e Eusébio não seriam únicos.

Talvez o melhor do mundo em velocidade e com a bola controlada nos pés. Ao nível mesmo do Cristiano Ronaldo.


Este vale a pena pelos nós de gravata nos gémeos dos adversários e nos nossos olhos.

domingo, maio 20, 2007

Quem me leva os meus fantasmas?

sábado, maio 19, 2007

Let me play with you...


Let me play with you...
Originally uploaded by ACParty.
E assim estou eu. Suspenso e de olhos postos na rua.

sexta-feira, maio 18, 2007

Aniversário Feliz

Parece que é mesmo hoje, dia 18 de Abril que o Lisboa que amanhece cumpre dois anos de missão.
Uma missão autobiográfica, introspectiva, contemplativa, visionária, nostálgica, saudosa se cumpre através dele na visão pessoal e intransmissível do cara d'anjo mau.
A coisa nasceu incipiente, sem grandes possibilidades, vontades ou anseios, quase por contágio endémico.
A verdade é que conseguiu sobreviver, crescer, ganhar raízes por aí, estabelecer pontes e caminhos divergentes, relativizar distâncias e assentuar proximidades.
Enfim, amadureceu q.b.. A ervilha continua lá, sempre alerta e pronta para fazer mais umas diabruras.
Ao fim e ao cabo o anjo encara cada post como os antigos t.p.c (trabalhos para casa) da escola primária. A composição ou cópia que o anjo, religiosamente todos os dias, sempre fazia questão de ilustrar mesmo que isso reduzisse a nota. Agora crescido e homem feito substituiu a caneta bic cristal azul e os lápis a cores da Caran D'ache pelo teclado e clicks do rato.
Duas coisas se mantêm desde o início, a vontade e o gosto pelas palavras simples. As escritas, as ditas e as invisíveis que se deixam nas entrelinhas.
Afinal de contas, isto não é mais do que uma espécie de magazine com textos pensados e pensamentos escritos, aqui e acolá, ilustrados por flashadas e sonoridades a preceito.


A todos quantos se fizeram clientes cá do estaminé e amigos do peito, aos que o fizeram, o inspiraram, o apoiaram, o criticaram e o desprezaram o meu obrigado.
Serão sempre bem vindos porque aqui se pode ser livre e sonhar.
Sempre e muito.
E se outras razões não houvessem, fiquem desde já a saber que já valeu bem a pena, simplesmente porque vos conheci.
A ti, a ti, a ti, a ti, a ti, a ti e a ti.

Já agora e para celebrar a data gostaria que em jeito de passatempo ao melhor estilo Júlio Isidro vocês dissessem dos meus o post que tenham gostado particularmente e o que simplesmente não apreciaram de todo.
Curiosidade apenas.

Ervilha T já cá mora

E que melhor forma de voltar ao vosso convívio do que com a mais bonita das notícias.
É verdade. Mais uma. Já lhes perdi o conto desde que passaram a meia dúzia.

Alguém por aí conheceu outro alguém.
Um amor cresceu e um bébé agora nasceu.

Parabéns à C e ao JC .
As asas celestes estão agora a ser oleadas e bem higienizadas para levar o piqueno em altos vôos colo acima colo abaixo por esse céus afora.

quinta-feira, maio 17, 2007

Encruzilhada

Sempre as vi como elementos de ficção presentes nas estórias dos livros, nos contos fantásticos, ou no cinema.
Nunca pensei que algum dia estaria defronte de uma delas. É verdade. Cheguei.
São realmente ossos duros de roer, principalmente quando as setas informativas que nos deveriam tranquilamente indicar o rumo a seguir, apresentam as letras desbotadas e as direcções baralhadas pelos ventos e erosão dos tempos.
O chão é de terra batida. As marcas das pegadas e os sulcos de rastros passados foram apagadas e colmatados por ventos errantes desnorteados.
Não há pontos de referência. Não há azimutes. Nada.
Deserto absoluto e horizonte plano. Ou melhor, sem horizonte algum pois a poeira que se levanta impede-me de ter uma visão clara e distintiva de cada um dos caminhos, que sendo muitos, nascem todos no mesmo ponto.
E agora. O que fazer? Fechar os olhos e an-do-li-tá vou por ali mesmo, ou, levanto o dedo indicador húmido na sua extremidade e sinto na pele o sopro do vento norteador ou a calmaria desorientadora?
Eu sei que o caminho só se faz caminhando e que não posso ficar aqui parado à espera da bonança. Há que ir contra o vento se fôr preciso e mesmo pisar trilhos nunca antes desbravados. Não ter medo e avançar. Avançar é preciso. E eu preciso. Muito.

segunda-feira, maio 14, 2007

Tom Sawyer - 1º Episódio

As aventuras do Tom Sawyer foram uma das minhas primeiras séries de culto.
Talvez hoje fosse um fracasso de audiências.
Isso talvez explique muito sobre as nossas ervilhas de hoje.
Aqui fica o primeiro episódio. Lembram-se?
Tu andas descalço. Tu és livre. Obrigado Tom.

Parte 1/3

Parte 2/3

Parte 3/3

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Uma estória em Lisboa

Se Lisboa tivesse uma banda sonora ela seria certamente dos Madredeus.
Para relembrar "Lisbon Story" de Win Wenders aqui fica o som e as imagens desta cidade que está mesmo aqui ao nosso lado, todos os dias. Olhem para ela.

A Guitarra




Alfama



sábado, maio 12, 2007

Hora da partida

Levantar âncora e zarpar que chegou a hora da partida.
Aceno minha mão à despedida e ergo meus braços à saudade deste tempo que ficou e de outro que com certeza há-de chegar.
Um dia.
Em breve.

domingo, maio 06, 2007

MÃEs

MÃE

Palavra de três, muitas, todas as letras
Palavra da qual derivam tantas outras
Palavra na qual tantas outras ganham significado
Palavra que resume
Palavra que é sujeito, adjectivo, predicado em tempo pretérito, presente e futuro
Palavra que é a essência
Palavra que vem dos elementos

Terra fértil que faz germinar
Água rica em nutrientes, não poluída, translúcida que refresca
Céu azul com nuvens brancas onde o SoL ilumina e brilha
Chama vermelha que nos aquece

Porto de abrigo
Ralhete agudo que agita
Palavra amiga que conforta

Braços abertos à nossa espera
Peito farto que nos alimenta
Mãos delicadas que nos pegam ao colo
Pés ligeiros que correm para nós
Cabelo ao vento que nos arrepia a pele do rosto
Sorriso largo que nos contagia
Lábios quentes que nos beijam

Tudo isto é MÃE todas as MÃEs são isto
Mãe há só uma.
Mas mães são muitas.
Um beijo para a MÃE e para as MÃEs

sexta-feira, maio 04, 2007

Loucos de Lisboa

Parava no café quando eu lá estava
Na voz tinha o talento dos pedintes
Entre um cigarro e outro lá cravava
a bica, ao melhor dos seus ouvintes

As mãos e o olhar da mesma cor
Cinzenta como a roupa que trazia
Num gesto que podia ser de amor
Sorria, e ao sorrir agradecia

São os loucos de Lisboa
Que nos fazem recordar
A Terra gira ao contrário
E os rios correm para o mar

Um dia numa sala do quarteto
Passou um filme lá do hospital
Onde o esquecido filmado no gueto
Entrava como artista principal

Compramos a entrada p'ra sessão
Pra ver tal personagem no écran
O rosto maltratado era a razão
De ele não aparecer pela manhã

Mudamos muita vez de calendário
Como o café mudou de freguesia
Deixamos de tributo a quem lá pára
Um louco a fazer-lhe companhia

E sempre a mesma posse o mesmo olhar
De quem não mede os dias que vagueam
Sentado la continua a cravar
Beijinhos as meninas que passeiam.

p.s. - talvez prefira os loucos aos outros

As redes
















Há redes fortes que nos embaraçam os movimentos.
Há redes escuras que nos prendem os membros.
Há redes apertadas que nos marcam na pele.
Há redes densas que nos capturam por arrasto.
As redes muitas vezes trazem peixe miúdo.
As redes tantas vezes matam o peixe graúdo.
As redes nem sempre capturam o peixe.
Muitas vezes o peixe consegue escapar.
E ainda bem.
Há redes que não foram feitas para pescar.
Mas sim para matar.

quarta-feira, maio 02, 2007

E quando a chuva cai mas não molha

A chuva agora cai lá fora.
Essa é uma certeza que a natureza nos dá.
Aquilo que não temos certo é que ela nos molhe.
Cai sempre redonda no chão sobre a forma de gotas que se multiplicam em mil outras gotículas aquando do embate.
Gota eras, mil gotas serás.
Nem sempre quem anda à chuva molha-se.
Há quem se ponha a jeito mas o vento teima em levá-la para bem longe.
Nem sempre sentir-se seco é uma boa sensação.
Sabe bem de vez em quando sentir as gotas a escorrer pelo rosto abaixo.
Sermos atingidos por uma enchorrada descomunal.
Não de lágrima, mas de chuva.
Talvez um dia chova no meu quintal.
Por agora está seco.
Nada germina.
Nada cresce.
Nada floresce

Alguém tem um regador com água da chuva?