Este é um espaço dedicado aos sonhos.

sexta-feira, junho 30, 2006

A bandeira no estendal

Em vésperas da grande joga tuga o hooligan que trago dentro do peito acorda!
Grita bem alto Portugal "allez".
Salta e pula de alegria a cada golo de jola fresca em lance de perigo.
- Vai um bife?
- Bem ou mal passado?
- Só se for do lombo e com tuga a cavalo!

quarta-feira, junho 28, 2006

Sons na caixa - Beatriz


Beatriz
Ana Carolina
Composição: Chico Buarque e Edu Lobo

Olha Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ah, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

sexta-feira, junho 09, 2006

A bofetada no gaiato

Desde quando uma bofetada numa criança impertinente e mal criada é violência gratuita?
Com que direito um sacerdote responsável por uma instituição que se diz proteger os garotos mais vulneráreis e em risco esbofeteia uma criança à sua guarda em nome de uma disciplina e moral do século passado?
Com que direito um jornalista na ânsia de noticiar um abuso infantil coloca o educador dedicado e missionário no papel do abusador?
Não sabemos todos nós que existe violência neste tipo de instituições?
Não seremos todos nós coniventes e pelo nosso silêncio cúmplices dos abusos?
Não despertamos sempre tarde demais quando todo o mal já foi cumprido e a infância perdida?
Não será para todos nós mais fácil não ver para não sentir?
Será que estamos a cumprir bem a nossa missão de pais e educadores?
Que exemplo damos em casa?
Aquele que se reconhece na bofetada ou na dor da face rubra?
Aquelas imagens e pior do que isso as palavras "diáconas" do educador foram mais um murro no estômago.
A verdade crua de uma sociedade adormecida e indiferente que só desperta quando a imagem nos entra pelos olhos dentro.
Depois desliga-se a TV e a vida continua como se de ficção se tratasse.
Eu faço parte desta sociedade e não gosto nada!

quarta-feira, junho 07, 2006

Mestre do Retrato

Morreu Arnold Newman.

"We do not take pictures with our cameras
but with our hearts and minds."

Talvez os grandes fotógrafos sejam assim.
As suas imagens tornam-se maiores, povoam o nosso imaginário e ganham identidade própria para além do modelo e do fotógrafo.
A fotografia não resulta numa imagem revelada mas num olhar que apropriamos de imediato como sendo nosso.
Um olhar que fica para nos inspirar a todos e perpetuar a memória dos grandes mitos.

Marilyn era realmente bela demais.

Pablo Picasso, a obra prima.

Willem de Kooning, pintor e escultor.

domingo, junho 04, 2006

Traga o seu petiz ao parque e blog no jardim!

Para os eternos românticos que apreciam uma boa sombra numa tarde quente de verão, uma brisa refrescante e um silêncio feito de chilreares mas que não podem viver sem o seu laptop a Câmara Municipal de Lisboa vai no final deste Verão dotar estes espaços de lazer, únicos na nossa cidade, de internet sem fios.
Que fantástica ideia! Aplausos! Trazer de novo as pessoas às praças e jardins, faze-las redescobrir estes recantos verdejantes tantas vezes soterrados por poluição e mostruosidades arquitectónicas.
Será que a moda pega?
Eu lanço aqui o mote ao papás e mamãs.
Traga o seu petiz ao parque e blog no jardim!

sexta-feira, junho 02, 2006

Malta que por aqui passe não deixe de clicar e ver o link abaixo.

Ajudem a Maria e o Tiago

quinta-feira, junho 01, 2006

Putos, chavalos, miúdos, meninos ou simplesmente crianças

Apetece sempre voltar aos lugares e ao tempo em que fomos mto felizes.
O sorriso era generoso, sempre estampado na face de bochechas coradas.
O corpo suado de tantas correrias era leve, voava alto e ao sabor do vento.
Os sonhos eram livres e a imaginação sem limites deixava marcas coloridas nas páginas brancas de um caderno com os conjuntos de marcadores de feltro molin ou os lápis carand'ache.
As primeiras declarações de amor escritas a letra desenhada com canetas bic cristal.
Os nossos pequenos mundos cabiam numa página de banda desenhada com capital na praceta aqui da rua.
Os nossos mais valiosos e secretos tesouros escondidos numa saqueta de cromos por abrir, num saco de berlides, guelas e abafadores ou numa mochila com cheirinho a nova.
"(...) São bandos de pardais à solta (...)"