quarta-feira, setembro 26, 2007
terça-feira, setembro 25, 2007
Por tua causa
Por tua causa eu cedi
Por tua causa eu caí
Por tua causa eu fugi
Por tua causa eu não vi
Por tua causa eu reli
Por tua causa eu mexi
Por tua causa eu percebi
segunda-feira, setembro 24, 2007
Pensar nos outros
As pessoas esquecem-se de pensar nos outros.
Cuidar também é tentar adivinhar no outro o sorriso ou o enfado.
As pessoas são demasiado egoístas.
Fazem per si, só.
Cada vez mais.
Narcisos sem a vaidade.
Sem a estética.
Sem o bom gosto.
Os outros que se amanhem, pensam.
E quando eles não se amanham?
Quem paga as custas do processo ou os danos colaterais?
Quem enxuga as lágrimas ou desamarra os nós no peito?
Quem trata dos feridos e enterra os mortos?
Nunca se sabe.
Nunca se vem a saber.
Ninguém sabe de nada.
Ninguém quer saber.
Eu não.
Cuidar também é tentar adivinhar no outro o sorriso ou o enfado.
As pessoas são demasiado egoístas.
Fazem per si, só.
Cada vez mais.
Narcisos sem a vaidade.
Sem a estética.
Sem o bom gosto.
Os outros que se amanhem, pensam.
E quando eles não se amanham?
Quem paga as custas do processo ou os danos colaterais?
Quem enxuga as lágrimas ou desamarra os nós no peito?
Quem trata dos feridos e enterra os mortos?
Nunca se sabe.
Nunca se vem a saber.
Ninguém sabe de nada.
Ninguém quer saber.
Eu não.
domingo, setembro 23, 2007
Leito do Rio
Leito do Rio é fundo de gente
Leito de rio é estrada marcada
Leito de rio é campa de história
Leito de rio tem vida e está vivo
Leito de rio é fresco pela tarde
Leito de rio é alimento rico
Leito de rio desvia correntes
Leito de rio captura pegadas
De que material é feito o leito dos rios?
Areão
Leito de rio é estrada marcada
Leito de rio é campa de história
Leito de rio tem vida e está vivo
Leito de rio é fresco pela tarde
Leito de rio é alimento rico
Leito de rio desvia correntes
Leito de rio captura pegadas
De que material é feito o leito dos rios?
Areão
sexta-feira, setembro 21, 2007
quinta-feira, setembro 20, 2007
Fugir
Sei que a fuga não será certamente a mais nobre das atitudes e reações humanas mas é inevitável de tão instintiva que é.
Está sempre latente.
A sua iminência tolhe-nos os movimentos.
Congela-nos as ideias.
Não nos deixa ver os outros caminhos de tão evidente que parece ser.
Quando se reprimem muitas idas e voltas a fuga torna-se inevitável e normalmente sem retorno.
As pessoas fogem.
É natural.
É a vida, dizem outros.
E os que não fogem?
Os que ficam.
Não pensarão eles mais na fuga?
Será para eles a fuga um comportamento pouco digno?
Não será mais saudável fugir do que ficar a qualquer custo?
Cobardia ou coragem?
De que material é feita uma fuga?
Está sempre latente.
A sua iminência tolhe-nos os movimentos.
Congela-nos as ideias.
Não nos deixa ver os outros caminhos de tão evidente que parece ser.
Quando se reprimem muitas idas e voltas a fuga torna-se inevitável e normalmente sem retorno.
As pessoas fogem.
É natural.
É a vida, dizem outros.
E os que não fogem?
Os que ficam.
Não pensarão eles mais na fuga?
Será para eles a fuga um comportamento pouco digno?
Não será mais saudável fugir do que ficar a qualquer custo?
Cobardia ou coragem?
De que material é feita uma fuga?
segunda-feira, setembro 17, 2007
Jogging pré cimeira
O nosso primeiro adora dar umas corridinhas por onde passa.
Deve ser o político mais em forma da actualidade.
Pelo menos no toca a condição física.
Só espero que ao contrário do lema da ADIDAS não se esqueça porque é que corre.
Por PortugaL e pelos Portugueses senhor Engenheiro.
Deve ser o político mais em forma da actualidade.
Pelo menos no toca a condição física.
Só espero que ao contrário do lema da ADIDAS não se esqueça porque é que corre.
Por PortugaL e pelos Portugueses senhor Engenheiro.
domingo, setembro 16, 2007
Meia Maratona de PortugaL
"Gosto de correr até me esquecer porque é que corro."
by ADIDAS
Mais um ano volvido, mais uma voltinha.
Hoje não foi de record.
Hoje foi dia de cumprir objectivos mínimos.
Um péssimo trajecto.
Só autoestrada, pouca cidade.
Rampas mto longas.
Não sei se voltarei a esta prova com este trajecto.
timing 1h:55min (personal best +/- 1h:40min)
by ADIDAS
Mais um ano volvido, mais uma voltinha.
Hoje não foi de record.
Hoje foi dia de cumprir objectivos mínimos.
Um péssimo trajecto.
Só autoestrada, pouca cidade.
Rampas mto longas.
Não sei se voltarei a esta prova com este trajecto.
timing 1h:55min (personal best +/- 1h:40min)
sábado, setembro 15, 2007
Caída do céu
Chovem ervilhas em cima das minhas asas.
Que sejas muito bem vinda número ..... hummmmm....acho que já lhe perdi a conta.
Estamos à tua espera.
p.s. - eu também fotografei as mesas mas esta ervilha atravessou-se no caminho e teve que ser. Espero que o pai seja muito babado e que goste de ver o seu pequeno tesouro na telinha do anjo. Senão xilindró na certa
quarta-feira, setembro 12, 2007
Bem vindo
Poderá não ser recebido por altas patentes e individualidades do Estado Português mas acredite que nós, todos os outros Portugueses o recebem de braços abertos e sempre com muita admiração e atenção pelos seus ensinamentos.
Os amigos do Palma meus amigos são
Uma sugestão da alphabet cujos olhos brilhantes vivem no painted roads, outro espaço de sonho.
Há que passar a palavra e estas confesso que são bonitas e muito divertidas de se ouvirem, verem e encostar.
Espero que se encostem a alguém a ouvir esta música.
É bom sinal.
É sinal que a vida é melhor que a ficção.
Há que passar a palavra e estas confesso que são bonitas e muito divertidas de se ouvirem, verem e encostar.
Espero que se encostem a alguém a ouvir esta música.
É bom sinal.
É sinal que a vida é melhor que a ficção.
p.s. - gostava de ter feito a foto em plano picado sobre a mesa, com a chávena de café o chapéu preto do Palma.
Ervilhas - Deus as guarde e as proteja
É incrédulo e verdadeiramente estarrecido que assisto a este espectáculo mórbido e horrível em que se tornou o caso Maddie McCann.
Recuso-me a tecer qualquer julgamento em praça pública e muito menos a atirar lama para cima dos investigadores da polícia judiciária portuguesa que em colaboração com a polícia inglesa têm feito o possível e o impossível para deslindar a trama.
Desde o primeiro dia que suspeitei que a menina tinha sido assassinada. Foi uma sensação fria no estômago após os primeiros dias em não surgiu qualquer indício de rapto.
Porque será que o ser humano tem esta necessidade de julgar. De olhar o outra e nele espiar todos os seus próprios defeitos e pecados. Estaremos nós acima de qualquer suspeita. Detesto por-me em bicos dos pés e isso, no meu caso, até se poderia justificar dada a escassez de "centimetragem".
Eu ainda assim recuso-me a tal.
Uma verdadeira vergonha é a cobertura e a forma como os media tratam este caso.
Espero que se aprenda algo no meio desta tragédia toda.
Vou fechar os olhos, tapar os ouvidos e ficar a aguardar o desfecho desde caso que apaixonou, comoveu e desiludiu tanta gente por todo esse mundo.
Sinto tristeza quando penso em todas as outras crianças, das quais não sabemos nada a não ser que são mais dos números a somar às estatísticas, que morrem todos os dias por nossa culpa. Sim. Nós também somos culpados da pobreza e da fome a que todos os dias assistimos, bem sentados, bem instalados no conforto dos nossos lares, onde nada nos falta e tudo nos sobra.
Mea culpa.
Recuso-me a tecer qualquer julgamento em praça pública e muito menos a atirar lama para cima dos investigadores da polícia judiciária portuguesa que em colaboração com a polícia inglesa têm feito o possível e o impossível para deslindar a trama.
Desde o primeiro dia que suspeitei que a menina tinha sido assassinada. Foi uma sensação fria no estômago após os primeiros dias em não surgiu qualquer indício de rapto.
Porque será que o ser humano tem esta necessidade de julgar. De olhar o outra e nele espiar todos os seus próprios defeitos e pecados. Estaremos nós acima de qualquer suspeita. Detesto por-me em bicos dos pés e isso, no meu caso, até se poderia justificar dada a escassez de "centimetragem".
Eu ainda assim recuso-me a tal.
Uma verdadeira vergonha é a cobertura e a forma como os media tratam este caso.
Espero que se aprenda algo no meio desta tragédia toda.
Vou fechar os olhos, tapar os ouvidos e ficar a aguardar o desfecho desde caso que apaixonou, comoveu e desiludiu tanta gente por todo esse mundo.
Sinto tristeza quando penso em todas as outras crianças, das quais não sabemos nada a não ser que são mais dos números a somar às estatísticas, que morrem todos os dias por nossa culpa. Sim. Nós também somos culpados da pobreza e da fome a que todos os dias assistimos, bem sentados, bem instalados no conforto dos nossos lares, onde nada nos falta e tudo nos sobra.
Mea culpa.
p.s. - Uma palavra de incentivo a todos os investigadores deste caso e que não se deixem abalar nem intimidar por pressões venham elas da GENTE de CIMA ou do POVO de BAIXO.
terça-feira, setembro 11, 2007
Faltam 30 dias
Começa hoje a contagem regressiva
Faltam trinta dias para a fuga mais apetecida do ano
Nada ainda na bagagem
Como sempre para a última da hora
Conhecer nova terra
Conhecer outra gente
Re e viver amizade
Mal posso esperar
Se pudesse levava-os a todos comigo
Os amigos
Coisa boa é para partilhar
E será disso que serão feitas as minhas férias este ano
Não será de brozeados dourados nem de escaladas aventureiras pelas mais altas montanhas ou raids épicos pelo deserto escaldante
Somente pessoas
Especiais
Com certeza
Ou não fossem meus amigos
Nada ainda na bagagem
Como sempre para a última da hora
Conhecer nova terra
Conhecer outra gente
Re e viver amizade
Mal posso esperar
Se pudesse levava-os a todos comigo
Os amigos
Coisa boa é para partilhar
E será disso que serão feitas as minhas férias este ano
Não será de brozeados dourados nem de escaladas aventureiras pelas mais altas montanhas ou raids épicos pelo deserto escaldante
Somente pessoas
Especiais
Com certeza
Ou não fossem meus amigos
segunda-feira, setembro 10, 2007
Bandeira na mão
Mais um ano em que se cumpriu o ideal.
De liberdade
De igualdade
De fraternidade
Com uma bandeira na mão ou empunhando um cravo vermelho o grito colectivo fez-se ouvir.
E eu lá pelo meio.
Meio intruso.
Meio companheiro.
Meio camarada.
Valeu o espírito de sempre.
A música de agora e de outros tempos.
Foi boa a festa.
Dura.
Mas valeu a pena.
Pró ano há mais.
quinta-feira, setembro 06, 2007
La dolce vita
Tiveste tudo
E deste-nos tanto
Uns braços sempre abertos
Um sorriso rasgado
Que Deus agora levou
Não da nossa memória
Porque o teu belo canto
Para sempre no nosso ouvido ecoará
Obrigado Luciano
E deste-nos tanto
Uns braços sempre abertos
Um sorriso rasgado
Que Deus agora levou
Não da nossa memória
Porque o teu belo canto
Para sempre no nosso ouvido ecoará
Obrigado Luciano
Vejam em grande
Full screen
Oiçam bem alto
Aquele que lhe pertence e a minha preferida
Batalha Naval
Porque é que eu teimo em jogar à batalha naval
Ou tenho a bússola avariada
Ou os mapas foram trocados
Ele é com cada tiro na água
Aviso à navegação e aos incautos que por aqui passam
Tenham cuidado quando nesta joça clicarem
É que estão sujeitos a levar com um torpedo perdido nas trombas
E depois não digam que eu não avisei
Anjo, deixa-te mas é de alto mar e coiso e tal
Amanha-te mas é com um bote furado
Aqui mesmo à beirinha d'água
Onde os meninos fazem corrida de onda
Esse sim é o teu porta aviões
Ou tenho a bússola avariada
Ou os mapas foram trocados
Ele é com cada tiro na água
Aviso à navegação e aos incautos que por aqui passam
Tenham cuidado quando nesta joça clicarem
É que estão sujeitos a levar com um torpedo perdido nas trombas
E depois não digam que eu não avisei
Anjo, deixa-te mas é de alto mar e coiso e tal
Amanha-te mas é com um bote furado
Aqui mesmo à beirinha d'água
Onde os meninos fazem corrida de onda
Esse sim é o teu porta aviões
quarta-feira, setembro 05, 2007
A roda dos sonhos
Ela gira e torna a girar
Mais uma voltinha
Mais um sonho
Mas uma e uma outra vez
Não se cansa
É difícil pará-la
Não está perra
Nem ferrugenta
O que é preciso é dar balanço
terça-feira, setembro 04, 2007
David Fonseca
Criativo
Genial
Imaginativo
Sonhador
Tuga
Comunicador
Visionário
Fashion
Imparável
Indomável
Artista
Músico
Fotógrafo
Realizador
Autor
Compositor
Escritor
alguém acrescenta algo mais?
SITE:http://www.davidfonseca.com
BLOG: http://davidfonseca.blogs.sapo.pt
MYSPACE: http://myspace.com/davidfonseca
Genial
Imaginativo
Sonhador
Tuga
Comunicador
Visionário
Fashion
Imparável
Indomável
Artista
Músico
Fotógrafo
Realizador
Autor
Compositor
Escritor
alguém acrescenta algo mais?
SITE:http://www.davidfonseca.com
BLOG: http://davidfonseca.blogs.sapo.pt
MYSPACE: http://myspace.com/davidfonseca
segunda-feira, setembro 03, 2007
Mar Azul ou Atlântico
Em tempos a televisão de todos nós cumpriu uma missão.
Unir o Brasil, África e a terra Lusa em forma de canção.
O programa era o Atlântico.
Unir o Brasil, África e a terra Lusa em forma de canção.
O programa era o Atlântico.
E os navegadores os melhores
Viagem de combóio
Nunca fiz
Mas há quem a tenha feito
Várias vezes
Talvez um dia a faça
Pouca-terra, pouca-terra, pouca-terra
Uma viagem de comboio com um olhar muito apurado
Comprem bilhete só de ida
E regressem quando vos aprouver
Por enquanto fiquem nos trilhos da Europa com o José Goulão
Mas há quem a tenha feito
Várias vezes
Talvez um dia a faça
Pouca-terra, pouca-terra, pouca-terra
Uma viagem de comboio com um olhar muito apurado
Comprem bilhete só de ida
E regressem quando vos aprouver
Por enquanto fiquem nos trilhos da Europa com o José Goulão
sábado, setembro 01, 2007
Regresso às aulas
Já passou muito tempo desde o último.
Seria a época mais empolgante depois do Natal.
Nem o aniversário era tão estimulante.
Essa coisa de ser o centro das atenções nunca foi o meu forte.
Há coisas que nunca mais se esquecem.
Aquele ritual que começava pela afixação das listagens das turmas e dos horários respectivos.
O número de aluno, os novos colegas e os de sempre, os que sairam, os que chumbaram.
Entrar pelo fresco da manhã ou ir às aulas depois do almoço.
Fazer a lista de compras. A melhor parte, confesso, apesar de sempre ter sido muito contido nos pedidos.
Pilhas de livros, de texto, de exercícios e fichas sumativas.
Os dossiers eram sempre da última colecção, os separadores seriam de plástico tranparente com caixinha para legenda da disciplina ou de cartolina, todos multicores.
Algumas dúvidas porém subsistiam ano após ano: cadernos de argolas capa ilustrada ou agrafados de capa preta.
Blocos A4 de papel de cavalinho capa amarelo mostarda eram essenciais para dar largas à imaginação. Normalmente estes eram estreados antes mesmo das aulas começarem.
Lápis Staedtler Norris HB às listras amarelas e pretas com ponta vermelhinha, canetas da bic roller (as molin não), canetas de feltro Carioca, afias de aço, borrachas verdes para escrita e brancas Rotring para desenho.
O cheiro das papelarias.
Há quem goste do cheiro das lojas de café, das tabacarias, das boutiques de chocolate belga, das pastelarias até mesmo das churrasqueiras.
Eu era mais o cheiro do papel nas papelarias repletas de tesouros, sempre muito bem arrumados e organizados lá no alto das prateleiras, inalcansáveis ao meu escasso metro e picos.
Nunca me esqueci.
É a memória que tenho.
Gostava de saber como vivem hoje os pequenos esta época do ano.
Como serão agora as emoções dos pequenos vividas em mega shoppings e hiperlojas.
Vejo muitas birras, muito pai e mãe a comprar por atacado.
Eu namorava primeiro, durante alguns dias, quais os cadernos, qual a colecção mais sedutora.
Comparava bem os preços e só depois de estar muito seguro que quais os cadernos mais giros partia para a aquisição
Como serão agora esses amores à primeira vista com a lancheira floribella ou os cadernos Agatha Ruiz de La Prada.
Agora o regresso às aulas é feito de computadores portáveis, mini ipods e telemóveis última geração.
Sinal dos tempos.
Melhor?
Não sei.
Diferente?
De certeza.
Seria a época mais empolgante depois do Natal.
Nem o aniversário era tão estimulante.
Essa coisa de ser o centro das atenções nunca foi o meu forte.
Há coisas que nunca mais se esquecem.
Aquele ritual que começava pela afixação das listagens das turmas e dos horários respectivos.
O número de aluno, os novos colegas e os de sempre, os que sairam, os que chumbaram.
Entrar pelo fresco da manhã ou ir às aulas depois do almoço.
Fazer a lista de compras. A melhor parte, confesso, apesar de sempre ter sido muito contido nos pedidos.
Pilhas de livros, de texto, de exercícios e fichas sumativas.
Os dossiers eram sempre da última colecção, os separadores seriam de plástico tranparente com caixinha para legenda da disciplina ou de cartolina, todos multicores.
Algumas dúvidas porém subsistiam ano após ano: cadernos de argolas capa ilustrada ou agrafados de capa preta.
Blocos A4 de papel de cavalinho capa amarelo mostarda eram essenciais para dar largas à imaginação. Normalmente estes eram estreados antes mesmo das aulas começarem.
Lápis Staedtler Norris HB às listras amarelas e pretas com ponta vermelhinha, canetas da bic roller (as molin não), canetas de feltro Carioca, afias de aço, borrachas verdes para escrita e brancas Rotring para desenho.
O cheiro das papelarias.
Há quem goste do cheiro das lojas de café, das tabacarias, das boutiques de chocolate belga, das pastelarias até mesmo das churrasqueiras.
Eu era mais o cheiro do papel nas papelarias repletas de tesouros, sempre muito bem arrumados e organizados lá no alto das prateleiras, inalcansáveis ao meu escasso metro e picos.
Nunca me esqueci.
É a memória que tenho.
Gostava de saber como vivem hoje os pequenos esta época do ano.
Como serão agora as emoções dos pequenos vividas em mega shoppings e hiperlojas.
Vejo muitas birras, muito pai e mãe a comprar por atacado.
Eu namorava primeiro, durante alguns dias, quais os cadernos, qual a colecção mais sedutora.
Comparava bem os preços e só depois de estar muito seguro que quais os cadernos mais giros partia para a aquisição
Como serão agora esses amores à primeira vista com a lancheira floribella ou os cadernos Agatha Ruiz de La Prada.
Agora o regresso às aulas é feito de computadores portáveis, mini ipods e telemóveis última geração.
Sinal dos tempos.
Melhor?
Não sei.
Diferente?
De certeza.