Nada
Procuro e não encontro.
Procuro na sombra ao virar da esquina.
Nada.
Piso as folhas secas.
Levanto as pedras do chão.
Limpo a terra ainda húmida.
Espreito e nada.
Tapo o sol com as mãos.
Estou encandeado.
Não vejo nada.
Afasto o cabelo dos olhos.
Está-me a incomodar.
Não vejo nada.
Corro contra o vento.
As lágrimas caem.
Só vejo o nada.
Bato à porta.
Toco à campaínha.
Grito: - Ó de casa.
E nada.
Espreito à janela.
Olho para cima.
Olho para baixo.
Não é nada.
Oiço.
Vejo.
Cheiro.
Sinto.
Saboreio.
O nada.
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