Este é um espaço dedicado aos sonhos.

quarta-feira, junho 13, 2007

Gota de água

Gota de água cristalina, roliça e fresca.
Gota que escorre e que deixa rasto.
Gota pequenina, mínima, à medida da chuva que molha.
Gota que escorre, se dilata e em mil se multiplica.
Gota que adere, que gruda e que suspensa paira.
Podes ser de orvalho matinal, bafo quente, suor de Verão ou lágrima de saudade.
Mais salgada menos doce.
Muitas vezes refrescas.
Outras tantas salpicas.
Gota, gotícula um dia charco serás.
Riacho, ribeiro, rio ou mar teu destino será.

7 Comments:

Blogger R de Regina said...

Este comentário foi removido pelo autor.

12:16 da manhã

 
Blogger calamity jane said...

assim se chama um dos poemas mais lindos que já ouvi cantar... um dos mais angustiantes, também. A Rubrica deve conhecê-lo.
Já o teu, não: é doce, leve e fresco :-) como a água. Pena que o sol não aqueça para q a gota de água apeteça :-)))

2:11 da tarde

 
Blogger calamity jane said...

Quando digo "já o teu, não", ñ quero dizer não é lindo, que é!!!

2:12 da tarde

 
Blogger Flavio Valsani said...

Somos todos 70% água - os gremistas, depois de ontem, devem estar só com uns 45%...
Mas, voltando ao assunto, essa gota deve fazer parte das águas de março, de Tom Jobim, que vão fechando (aí começando) o verão; é promessa de vida no teu coração.

10:55 da tarde

 
Blogger L de Luis said...

rubrica brasil - espero ser levado pela corrente e não arratado por ela. Eu gosto de águas bravas.

calamity jane - pois, nada como realmente umas gotas de água da chuva para começar o Verão envergonhado.

flavio - Grémio secou mesmo. Sempre que chega o Verão realmente tudo apetece. Tudo renasce para uma nova vida que dura 3 meses. Quer dizer... quando havia quatro estações e férias de Verão grandes que não acabavam mais...

2:12 da manhã

 
Blogger calamity jane said...

Flávio: não era esse. Esse é lindo, mas não angustiante :-)
Era "(...) olha a voz que me resta/olha a veia que salta/olha a gota que falta/pro desfecho da festa...
por favor deixe em paz meu coração/ que ele é um pote até aqui de mágoa
e qualquer desatenção, faça não,
pode ser a gota d'água...

3:54 da tarde

 
Blogger Flavio Valsani said...

Calamity,
Belíssima escolha, mas Chico Buarque é assim mesmo...
A música, aliás, é tema de uma peça fantástica de Paulo Pontes, autor prematuramente falecido, que é uma versão de Medéia ambientada no Rio de Janeiro da década de 70, em plena ditadura. Vale a leitura...

2:30 da manhã

 

Enviar um comentário

<< Home