Princesa Africana
"Não, lamento. Só falo inglês." (...) Queria levantar-me e sair antes que me metesse em sarilhos, mas não conseguia mexer-me. A rapariga era realmente de mais, e eu não conseguia despegar os olhos dela.
"Tu veux danser avec moi?", disse ela. (...) "Não sei. Talvez. Não danço lá muito bem."
"Outra coisa qualquer?"
"Não sei. Bom, talvez uma coisa... se não for pedir demasiado."
"Uma coisa?"
"Estava a pensar... Será que posso tocar-te? Quer dizer, não te importas?"
"Tocar? Claro. Isso é fácil. Toca-me onde quiseres."
Estendi a mão e afaguei-lhe o braço nu. "Tu és muito tímide", disse.
Eu estava sóbrio o bastante para me dar conta de que entrara no caminho da perdição, mas não permiti que isso me detivesse. Fiz das minhas mãos duas conchas que se moldaram aos seus seios pequenos e redondos e deixei-as lá ficar por algum tempo - tempo bastante para sentir os mamilos da princesa a endurecerem. (...)"
Paul Auster - "A Noite do Oráculo"
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