Este é um espaço dedicado aos sonhos.

domingo, abril 29, 2007

Leituras "Únicas"

Venham mais bifes

"(...)Falar com um turista é visitar brevemente um país estrangeiro. É uma oportunidade de praticar uma boa acção sem perigo de nos chatearem mais por causa disso. É o dom de poder ver Portugal como se também nós tivéssemos acabado de aterrar. É tirar um mini-curso grátis de línguas (com lavagem de ouvidos da língua portuguesa incluído). É um "clip vivant" do canal Discovery. E é, em geral, uma necessidade cosmopolita sem a qual nenhuma civilização minimamente decente seria possível. Excepto, talvez, no centro de Albufeira onde o contacto é mais do género extra-terrestre. Os turistas - no qual incluo tudo o que nos têm dado as bifas e os bifos (que também existem, por muito que as mulheres portuguesas procurem abafá-lo)- não só ajudam a pagar este carríssimo país, como são eles próprios, parte dele, uma das mais giras e, sem dúvida, a mais barata. (Nós é que estragamos isto tudo). Que sejam sempre bem-vindos, bem-recebidos e bem tornados."


Miguel Esteves Cardoso, in revista Única


"(...) Embora 99 por cento das pessoas sejam boas, sobra o fatal 1 por cento.(...)"


Inês Pedrosa, in revista Única

"(...) Um país doente mata os que nele se abrigam. (...)"

quinta-feira, abril 26, 2007

Vou ali viver um pouquinho

Só para avisar os restantes três clientes deste "trampo" que vou ali viver um pouquinho a vida e já venho.
Tenho sorrisos à minha espera, conversa com sotaque lusodoce.
O anjo aterrou na terra dos humanos e agora apetece-lhe fazer viver o L tantas vezes esquecido e tantas vezes posto de lado.
Antes que seja tarde.
Antes que o SoL se ponha.
Vou ali. Vou mas volto.
Um dia. Talvez. Ou não.
Uma certeza porém.
Um novo sorriso ficará.

p.s. - Às outras duas clientes residentes na Lisboa de todos os dias solicito atenção às vossas caixas de correio e afins pois brevemente serão convocadas para uma cimeira Atlântica com ervilhas e tudo. À outra que se cortou e preferiu os States só tenho uma coisa a dizer:
" - Oube lá ó murcona, trouxeste Marcolini de NY?

sexta-feira, abril 20, 2007

Gostar de fotografia

É um amor que se assumiu e concretizou já crescido.
Continuo apaixonado. Loucamente perdido de amores por essa arte maior.
Viciado em olhar. A vista não se cansa.
Penso que tudo mudou depois de uma certa viagem a Marrocos.
As certezas vieram com o azul mediterrânico da Grécia.
A união de facto, para toda a vida, assumiu-se na América do SuL, no Peru com Machu Picchu a meus pés.

Para quem sofre do mesmo mal aqui fica mais um dos nosso grandes flashadores que descobri hoje.

Rui Palha

quinta-feira, abril 19, 2007

Não serão coincidências a mais?

Como é que um único docente pode ser responsável por tantas cadeiras?
Avaliação quase unipessoal. Que escândalo. Andei eu cinco anos a esfolar-me para ter uma licenciatura para esta malta se andar a encher à grande e ainda por cima à nossa conta.
Puta que os pariu.

António José Morais e Sócrates
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=271361

Olhar-te nos olhos

terça-feira, abril 17, 2007

Contemplation...


Contemplation...
Originally uploaded by carf.
Algures para lá do olhar há o sonho.
Imaginamos sempre.
Queremos muito e esperamos.

Achei esta foto extraordinária pelas cores mas sobretudo pelo olhar.

O Lume

O Lume queima
O Lume aquece
O Lume faz cinza
O Lume faz chama
O Lume brilha
O Lume apaga-se
O Lume aloira os pelos do corpo
O Lume faz carvão da madeira na terra
O Lume ferve a água
A água apaga o Lume

Mesmo assim ponho as minhas mãos ao Lume.

sexta-feira, abril 13, 2007

Posta da Bola

Descobri recentemente o Maradona que escreve deliciosamente bem.
Quem gosta e acompanha o futebol Português de perto não deixe de lá ir e largar uma valente gargalhada.

http://acausafoimodificada.blogspot.com/

Cavalinho de tróia, máscaras Venezianas e armaduras guerreiras


Originally uploaded by Eddie Law.


Desde sempre, desde ervilha que gostei de cavalinhos. De madeira com crina e cauda loura, olhos pretos e sela vermelha embalava-me horas e horas a fio nos escassos centímetros que me separavam de um choque frontal com a parede do quarto.
Domesticado e obediente não saía do trilho e relinchava sempre por mais uma corrida a galope.
Agora velhinho e gasto está arrumado a um canto. Coberto de pó e plástico já não relincha. A sua crina, antes sedosa, repousa agora hirta sobre o dorso.
Nunca mais o vi.

E porque falo do meu cavalinho? Porque nas últimas luas dei por mim a acordar no interior de uma espécie de cavalo de Tróia sem ter percebido como lá fui parar nem o que me levaria a fazê-lo.
Foi assustador perceber que entrei pelos meus pés e que talvez tenha sido a minha sede e vontade de conquista que o fez galopar. Estas máscaras Venezianas, estas armaduras guerreiras, que colocamos sobre as maçãs do rosto e usamos no corpo, a cavalo dos nossos cavalos de Tróia blogosféricos, podem-se revelar devastadoras máquinas de guerra ou magníficos cachimbos da paz.
Jamais pensei semear mentira, desonestidade, raiva, desolação, desilusão, frustração, incompreensão com o meu cavalinho.
Poderá ele ter-se tornado, agora adulto, num cavalo selvagem e indomável, com um olhar doente?
Acredito ter ainda uma réstia de força no pulso para lhe puxar as rédeas e apertar a sela sempre que ele não quiser saltar os obstáculos. O percurso só se conquista saltando e não pisando.
As quedas de cavalo costumam ser dramáticas e deixar sequelas para o resto da existência.
Sempre alerta deverá ser o mote.
Deixá-lo galopar rédea solta na praia junto ao mar.
Apertar-lhe a sela e as rédeas sempre que na pista de obstáculos que recuse a pular.
Quando virem um cavalo a galopar em vossa direcção não lhe mostrem medo, não o espantem.
Protejam-se de coices instintivos mas não deixem de lhe fazer uma gentileza no dorso para o acalmar.
No dia em que ele já não obedecer, nunca mais permitirei que as marcas dos seus cascos fiquem registradas na areia.
Regressará à sua planície, ao campo, ao seu sertão ou ao sótão de onde provavelmente nunca deveria ter saído.

p.s. - A propósito de cavalos e cavalinhos estará em Lisboa um espectáculo equestre de rara beleza segundo rezam as críticas.
APASSIONATA

quinta-feira, abril 12, 2007

Novo Aeroporto de Lisboa

Depois de assistir a inúmeros debates e ouvir diferentes opiniões, principalmente as dos melhores especialistas em transportes, urbanismo e solos em Portugal, os meus professores, estes sim Engenheiros de verdade, Fernando Nunes da Silva, Diogo Pinto e José Manuel Viegas, acerca da localização do novo aeroporto de Lisboa e não estando convencido dos argumentos apresentados para a decisão final com correspondência unívoca entre os nossos impostos e o lamaçal da OTA, resolvi pegar nas asas celestes e fazer-me aos céus, que é como quem diz "ir à NET".

No site da NAER - Novo Aeroporto de Lisboa, S.A. estão disponíveis todos os estudos efectuados e que conduziram a esta solução. Para muitos dos cidadãos a maioria das páginas não dirá muito mas de qualquer forma não deixem de ler, pelo menos na diagonal, as conclusões dos ditos. Depois existem dois documentos que considero importantes:

Doc. 1 - Processo de Decisão da Localização do Novo Aeroporto - Opções para o desenvolvimento do Aeroporto na OTA - Relatório de Progresso - Outubro de 1999, NAER.

Doc. 2 - Parecer da Comissão de Avaliação de Impacte Ambiental para o Plano do Novo Aeroporto de Lisboa, CAIA.

A urgência de um novo aeroporto talvez não nos dê tempo para encontrar melhor localização. Parece-me contudo que outros valores se levantam quando está em causa o desenvolvimento do país.
A minha crítica a esta opção surge depois de uma interpretação atenta do quadro acima apresentado (doc 1, página 60), da qual claramente se conclui que a opção OTA apresenta, na maioria dos critérios, uma má classificação quando comparada com as opções Rio Frio.
Os únicos aspectos em que, de facto, a opção OTA aparece em 1º lugar são os ambientais, tal como veio a provar o estudo de impacte ambiental.
Este estudo chumba as opções de Rio Frio pela natureza não minimizável, permanente e não compensável dos impactes ambientais (Doc. 2).
Em todos os outros critérios de avaliação qualquer dos outros cenários Rio Frio seria melhor.

Este deve ser dos poucos projectos em Portugal em que um estudo de impacte ambiental conseguiu determinar a escolha do decisor político. Gostaria de acreditar que assim foi, o que signficava uma opção sustentável para o futuro não apoiada meramente em critérios economicistas.
Mas não consigo acreditar. Os boys ainda não me convenceram.

Se calhar esta crítica peca por muito tardia mas ao ver o quadro acima apresentado e depois de ouvir ontem o MBA, Lincenciado em Engenharia Civil, não Engenheiro (enquanto não pagares as cotas da Ordem dos Engenheiros, meu amigo, nada feito), senhor primeiro ministro José Sócrates, afirmar tão arrogantemente e categoricamente que é a OTA e mais nada, não me consigo conformar.

Atentamente, o seu

Eng. º Civil, Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, O.E. nº 39 781.

p.s. - Prontos... agora é público e já mais 5 pessoas me poderão tratar por sr. eng.º.
Sim porque até agora a única pessoa que me trata por sr. Eng.º é o simpático e muito prestável sr. Bento. O nosso porteiro lá do escritório.
Obrigado pela deferência sr. Bento mas prefiro simplesmente L.

terça-feira, abril 10, 2007

Lily Allen

Acho piada à música e à interprete.
É leve. É esvoaçante. É primaveril.



Índia: Uma em cada duas crianças é vítima de abusos sexuais

Não queria acreditar no que lia mas é verdade.
Por favor digam-me que eu não vivo neste mundo.
Façam-me acreditar que o ser humano ainda tem salvação.
O homem não se merece a ele próprio.
A vida humana é demasiado injusta para quem nada tem e pouco pede.
Porquê?

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=270823

segunda-feira, abril 09, 2007

Pierre Marcolini - Os melhores chocolates do mundo

Podem-me chamar o que quiserem que eu não me importo pois tenho na minha posse talvez uns dos mais valiosos tesouros achocolatados do mundo. Roam-se, mordam-se, esfolem-se de inveja que estou nem aí.
Por uns dias, sim porque não conseguirei resistir por mais tempo, sentir-me-ei qual príncipe narciso a quem todos os desejos são satisfeitos e que vive uma vida de prazer e ócio.
"Mes chers amis", é verdade, veio hoje parar às minhas mãos um tesouro fabuloso.
Mãos enluvadas delicadamente acondicionaram as pepitas preciosas na boutique Pierre Marcolini de Bruxelas.
Amigos AB e CB, muito obrigado por uma vez mais terem sido portadores de tão nobre encomenda e pelo vosso bom gosto sempre contagiante.
As imagens em baixo são a prova de que o anjo não mente. Agora vou pecar. Muito.
A gula invadiu-me completamente. Fui tomado pelo demónio negro do chocolate.
Nos próximos dias não respondo por mim. Estarei num estado lascivo de completo e puro êxtase.





sábado, abril 07, 2007

Fedorentos e Fachistas


Bem sei que este post poderá levantar alguma celeuma nos quase cinco visitantes ocasionais desta joça mas estou indecisivo em qual das opções votar. É que qualquer das opções me oferece olhos esbugalhados e olhar sinistro, rodeado por uma barbicha gay mal enchorcada e por um não menos fato fora de moda.

p.s. - Na minha infância fui vítima dos ataques de marginais na Margem Sul do Tejo. A maioria pretos. Mas mesmo assim o fedor dos gatos consegue ser mais intenso e inibriante.
Está decidido e lavrado em acta celeste. Bardamerda com estes fachistas do PNR. E que tal incendiarmos a sede dessa agremiação?
De sublinhar e louvar que, ao que parece, foram os próprios Gato que custearam do seu bolso o cartaz no Marquês de Pombal.

sexta-feira, abril 06, 2007

Cores de Primavera ou um céu demasiado azul

O meu Alentejo vestiu-se hoje a preceito para me receber. As cores escolhidas não poderiam deixar de ser mais a condizer com o Lisboa que Amanhece.
Do SuL solar e primaveril para o mundo, um pouco de PortugaL.

Sobreiros e vacas


Sobreiros e vacas
Originally uploaded by Cara D'Anjo Mau.
Um pouco do meu Alentejo para todos os que verdadeiramente gostam da planície, do montado e da liberdade que os animais têm no campo.
Os seus olhos atentos aos forasteiros que os flasham só revelam a imensa felicidade de quem vive simplesmente no campo.

terça-feira, abril 03, 2007

Se a vida fosse como a gente quer.

O Sebastião Antunes líder e mentor da Quadrilha é alguém que vê o mundo de uma forma única.
Ele é um exemplo de vida e de que para olhar fundo e ver mais além não é só preciso ter a íris afinada.
Em palco a sua energia é contagiante. Nunca mais me esqueço de o ver aos pulos em pleno palco mesmo junto à beirinha, a tocar guitarra e a cantar sem qualquer medo de saltar, pular mesmo não sabendo se conseguiria aterrar em terra firme.
Como invisual claro que não podia ver o chão mas isso não o impedia de vibrar e contagiar-nos a todos com a sua alegria em palco.
Talvez assim valha mais a pena. Fechar os olhos de vez em quando e sentir.
Gosto muito desta gente que ressuscita a nossa música tradicional e a leva por novos caminhos.

Ervilhas candidatas as Pessoanos mínimos procuram-se

Ervilha.
Se tens mais de nove meses e já te sentes menos verde, se já sentiste no peito a primeira brisa do ar exterior, se já nos olhas nos olhos sem ser para pedir colo e mais colo, se não gostas de playstation e preferes uns pontapés numa bola ou uma corrida de bicicletas, se queres ganhar asas, saltar e voar, ATENÇÃO. Então este anúncio é para ti.
Pede, berra, chora, faz uma birra daquelas aos teus pais para que te inscrevam nos ateliers da Casa Fernando Pessoa. Por favor. É um serviço que prestas à tua pátria e aos teus. Não queiras vir a ser mais um burro seboso e ignorante como eu.

A imaginar o desenho e a escrever a estória para contar também podes ser feliz.
Acredita.
Tudo vale. Barriga no chão e pés no ar. Cotovelos em cima da mesa ou pés no sofá.
Tu podes.
Tu és livre, ervilha.
Atreve-te e clica http://origemdasespecies.blogspot.com/2007/04/pessoanos-mnimos.html