Este é um espaço dedicado aos sonhos.

quarta-feira, março 28, 2007

Anos Oitenta - Duram e duram.

Tenho saudade da última década de causas que foi a de oitenta.
Na época em que ainda se acreditava no sonho.
Em que haviam alguns ideais e quem se pudesse considerar pioneiro.
Hoje em dia o maior ideal do ser humano é o seu umbigo.
Eu contra mim falo.
Ser mais egoísta não conheço.
Mas é a pura e dura verdade. Saímos de uma revolução à cerca de trinta anos para vivermos enclasurados no nosso próprio umbigo.
De um ditadura que nos tolhia o pensamento para uma sociedade que nos confrange a cada dia que passamos juntos.
Valeu a pena?
Se calhar valia mais o sonho da liberdade do que esta liberdade que nos deixa isolar e sermos indiferentes.
"Rosas para os heróis" é uma frase que ficou numa certa tarde, num certo Domingo, numa qualquer sala perto de mim, numa Brava Dança de Sonhos.
Agora percebo quando lá ao longe ouvia, pequenino, os crescidos afirmar:
" - No meu tempo é que era bom!"

segunda-feira, março 26, 2007

Rosas para os Heróis

A digerir e no rescaldo de um "dejá vu" dos anos oitenta aqui fica para relembrar os saudosos, os Heróis.



domingo, março 25, 2007

Prémio Secil de Arquitectura

Serve o presente post apenas para lembrar que o Prémio Secil de Arquitectura de 2006 foi atribuído ao arquitecto Álvaro Siza Vieira pelo Equipamento Desportivo Ribera-Serrallo em Barcelona.

http://www.fernandoguerra.com/siza/

Se gostam de fotografia e de arquitectura não deixem de ver também as outras reportagens do Fernando Guerra e sobretudo a das Piscinas do Atlântico do arquitecto Paulo David na ilha da Madeira.
Gostei especialmente desta última. Não sei se é fotografia de arquitectura ou arquitectura das fotografias. Ficamos na dúvida tal é a qualidade de uma e outra. Um olhar especial é necessário e ajuda a perceber de facto a intenção. Penso que o Fernando Guerra é craque em nos mostrar essa intenção com o seu olhar. Quando for crescido tambem quero olhar assim.

http://www.fernandoguerra.com/salinaslideshow/

sábado, março 24, 2007

PortugaL pequeno

Corram-me esta gente toda ao pontapé daqui para fora. Borda fora com estes betos todos.

http://dn.sapo.pt/2007/03/24/opiniao/betinhos_dia_peixeiras_a_noite.html

PortugaL 4 - Bélgica 0

Eu gosto de muitas coisas na Bélgica, aliás de algumas até sou fã:
O Tin-Tin;
O Spirou;
Os chocolates, especialmente Pierre Marcolini;
A cerveja, têm imensas variedades, está para eles como o vinho para nós;
A cidade de Bruges com os seus canais e colinas verdejantes;
A Grand Place em Bruxelas;
O Jacques Brel;
E não gosto especialmente do mau futebol que praticam e da sua arrogância tipicamente francófona com que desejaram que o nosso Cristiano Ronaldo fosse parar a uma maca dos bombeiros aos 2 minutos de jogo.
Levaram 4 na pá e só tenho pena que não tenham sido ainda mais esmagados.
Às vezes esta malta do centro da Europa ainda mostra alguns traços xenófobos para com os escurinhos do Sul da Europa.
Toma lá, vai buscar um daqueles golos de antologia do Quaresma. O nosso ciganito que mostra nos pés habilidades mágicas. O nosso "Harry Potter" esteve em grande ou não fosse ele azul&branco.
Só um recado aos Benfiquistas. Vejam lá que endireitam aquele pé esquerdo do Nuno Gomes porque o direito até parece estar afinado.

Life can be rather confusing...

Não podia estar mais de acordo.

Jama Masjid


Jama Masjid
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Uma luz ao fundo veio iluminar as cores antes tingidas pela escuridão.

Tela ou película


desert view
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Quando a fotografia se transforma em pintura e a pintura em fotografia a íris entra em parafuso e não descola da côr e da luz.

quinta-feira, março 22, 2007

A de amor de mãe.

Porque há mães que merecem os filhos que têm e filhos com a sorte de ter mães assim.
Simplesmente Amor de Mãe.

http://nadacomorealmente.blogspot.com/2007/03/o-meu-menino-ou-grande-aventura.html

Que os deuses das montanhas te recebam de braços abertos e os anjos te acompanhem nesta tua jornada alpina pequeno R.

Qualquer dia vamos dar uns toques na bola.

Luz, Cores e Olhar - O espectáculo vai começar

O pintor e a sua obra

Manuel Amado e o óleo sobre tela "Dá-me a tua mão"

Uma série de quadros fabulosos sobre os bastidores do palco com uma mestria arrepiante no domínio da luz e suas sombras.

Mais fotografias no site da Presidência da República.

Tesouro KAPA


Nem quero acreditar no que encontrei. Os meus olhos lêem agora textos dos anos noventa publicados na mítica Kapa.
O MEC está por lá em abundância, o Miguel Sousa Tavares, o Vasco Pulido Valente, etc e tal.
E desde 2003 que esta ideia se apresenta ao público em geral em forma de blog.
Em 2003 já havia blogosfera? Irreal. Como o tempo corre e eu aqui parado.
Obrigado pela ideia.
Agora vão-me ter às pernas do K.

http://kapa.blogspot.com/index.html

Só para abrir o apetite:

ESTÁ NA CARA

MEC in K, nº 7, Abril de 1991

"(...) A confusão sexual à volta da cara é característica. Uma das coisas que mais me preocupa e encanta é a questão dos géneros na língua portuguesa. No corpo humano é encantador como masculino e feminino se complementam. Os olhos estão com as sobrancelhas, o nariz está com as narinas, a boca está com os lábios, as orelhas estão com os ouvidos, o queixo está com as mandíbulas e o cabelo está com a cabeça. Para cada coisa arrapazada há uma coisa arraparigada.
(...)"

quarta-feira, março 21, 2007

Heróis do Mar - Brava Dança


Para ouvir na rádio com Alma Lusa e Amor por PortugaL

http://multimedia.rtp.pt/index.php?prog=2667

Para ler no blog

http://www.bravadanca.blogspot.com/

E para ver num cinema perto de si

Vanity Fair e Sopranos

Alguém sabe se em Lisboa existem papelarias finas do tipo gourmet que vendam a Vanity Fair?

Suspiro - Sopro do coração

No blog contos para a ana encontra-se sempre alguma coisa que apetece ler.
Já agora só porque é o do MEC Doutori Honoris Causa em questões Celestes e Lusas aqui fica não um excerto mas na íntegra um certo suspiro.

Suspirar

Miguel Esteves Cardoso

Foi há muito pouco tempo que suspirei pela primeira vez. Um suspiro fundo saído da cave da minha alma. As pessoas dizem que os suspiros se soltam. Mentira. Não se consegue prendê-los. Não se consegue fingi-los. Suspira-se. E pronto.

Sem qualquer respeito ou conhecimento de causa, fala-se de suspiros como se fossem puns do coração, arrotos suaves da alma. Mas os suspiros não são assim. Nem como lágrimas. Nem como risos. Nem como arrepios. São uma forma interior de comunicação. São uma forma superior de falar.

Tenho pensado muito em suspirar. Por exemplo, nunca se suspira sozinho. Diz-se 'ai vida' e enche-se o peito de ar, mas não se consegue suspirar. Sozinho é impossível. Para suspirar, um coração tem que estar encostado a outro. Perguntem-me porquê. E eu até sei. Mas não posso dizer.

Suspirar é o único gesto verdadeiramente social. Toda a gente conseguerir e chorar sozinha, mas para suspirar é preciso outra pessoa. Um suspiro é um acto involuntário de comunicação. Connosco, acima de tudo. E, se a pessoa com quem se está estiver atenta, com ela também.

E que quer dizer? "Eu amo-te"? "Sinto-me tão feliz contigo"? "Não tenho palavras"? Muito mais que isso. O suspiro é um sopro de pequenez, uma versão humana do vento com que Deus criou o mundo. No fundo é uma expressão de impotência diante de uma alegria que é maior do que nós.

Um suspiro quer dizer "Que pena isto não ser sempre assim". Quer dizer "Não tenho mão sobre esta felicidade". Afinal de contas "Quem sou eu para estar aqui?" Um suspiro é uma reacção à finitude e à temporalidade da vida. Diz "Que pena ser tudo passageiro… e que sorte eu estar aqui"

A voz de Amália, por exemplo, é o suspiro feito estrondo. A do Caetano Veloso, o estrondo feito suspiro. No suspiro está uma fatalidade ora séria, ora doce, mas sempre sincera. Mais que quaisquer palavras ou gestos, o suspiro é a expressão suprema de sinceridade. Nunca é um protesto - é uma rendição, um acto de aceitação do destino e, ao mesmo tempo, um sinal de gratidão pelo alivio, por muito temporário, das circunstancias e contingências da vida.

A primeira vez que suspirei fiquei assustado. Pensei que estava à beira da morte. E estava. Mas sem perigo. Foi como se a minha alma me tivesse abandonado um bocadinho, levada pela minha respiração. No meio de uma felicidade sossegada veio desassossegar-me a tristeza que era irmã dela, dizendo-me: "Não julgues que vai ser sempre assim" E depois "Mas aproveita enquanto é." E nós não julgamos, e aproveitamos.

E, a partir do primeiro suspiro, nunca mais parei. A alma tomou conta dos meus pulmões. E, cada vez que suspiro, tal é a novidade que ainda digo "Olha!", como se fosse menino a ver subir um balão. É ridículo, mas eu, que sempre fui acusado de ser bruto e insensível, passei a pensar que aqui estava a prova física que eu era, afinal de contas, uma pessoa sensível. Os meus suspiros reuniram-me comigo mesmo.

Desapareceu o meu terrível complexo de ser inglês, de ser um extraterrestre, de ser incapaz de exprimir os meus sentimentos senão através do desvio solitário da escrita. Latino. Humano. E foi muito bom. Até que enfim.

Fiquei com ódio a todos aqueles que usam a palavra "suspiro" para aqui e para ali. É mentira. Um suspiro verdadeiro não é só um baque. É uma experiência profunda pulmonar. Não se podem dar "suspiros" seguidos. O plural é uma figura literária. Tem que haver sempre um intervalo para que o sistema corpo-alma-coração se recompor.

Os maus poetas falam de suspiros como se fossem soluços. Como sofro de soluços sei do que falo. Detesto o verbo soluçar no sentido de chorar ou de mostrar pranto. Os soluços são uma grave disfunção esofágica. Há quem tenha de ser operado. Há quem morra.

Não se pode morrer de suspiros. Nem sequer se morre com um "ultimo suspiro", a não se que se esteja nos braços de alguém que se ama e de quem não apetece nada ir embora e se tenha, de repente, consciência que aquele é o ultimo momento de felicidade nesta vida. Por amor de Deus, não se confunda um suspiro com a banalidade do sistema respiratório. Como suspirador que sou não admito que se vulgarize este fenómeno filosófico e sentimental.

Se nunca suspirou na vida não sabe o que perde. É uma ausência deliciosa. É um raio de inteligência feito gesto. Fala-se muito, e mal. Do orgasmo como "pequena morte". Mas o orgasmo é simplesmente um acesso de inconsciência. Não ensina nada. Nada significa. Um suspiro, em contrapartida, é uma chamada de atenção, um prenúncio de mortalidade que deixa rastro, um exemplo de como a alegria e a tristeza (causada pelo pensamento interior que se pode… e que se vai perder essa alegria) andam ligados. Diz, ao mesmo tempo, "Não te fies na virgem" e "Dá graças a Deus".

Se nunca suspirou na vida, há certas condições que podem criar a oportunidade desejada. Deite-se numa cama com a pessoa de quem mais gosta. Fale de coisas inefáveis, polvilhando as suas frases com muitos "sempres" e "nuncas". Pense na sorte do acaso de se terem conhecido. Pense bem "Se não fosse…"

Preocupe-se com o futuro e deixe-se deslumbrar pelo presente. Depois dê um abraço muito demorado e fique a ouvi-la falar ou respirar. Mais tarde ou mais cedo, quando menos esperar, há-de chegar um suspiro. Primeiro é quase indetectável. Depois vão-se tornando cada vez maiores até se ser sacudido por um verdadeiro suspiro, daqueles que cortam a respiração, que até os vizinhos ouvem.

E, depois de dois ou três grandes suspiros, param. Já fizeram o que tinham a fazer. O peito fica concavo, o coração sossega, a alma torna-se inteligente. Resta a sensação de ser pequenino e pouco merecedor. Isso e a consciência da grandeza porque se teve a sorte de passar.

Tenho que parar por aqui. Estou à beira de atraiçoar um segredo. Cada um tem o seu. Cada um tem um nome. Chega. Tenho medo que, caso continue a tagarelar, os suspiros deixem de me acontecer. Respiro fundo, digo "Ai vida" em voz alta. E ficam por aqui as minhas asneiras profanas. E mais nada direi do verbo sagrado que é suspirar.

segunda-feira, março 19, 2007

Pai

Desejo que todas aquelas ervilhas cujo destino não quis que soubessem o significado da palavra Pai, depressa o descubram nos olhos brilhantes ou num abraço apertado de alguém.
Que todos aqueles a quem a natureza pregou uma finta não os deixando ser pais se possam sentir recompensados com o sorriso honesto de uma ervilha.
Porque eu tive Tios.
Porque eu tive Avôs.
Porque eu tive Pai.
Porque eu não sou Pai.

sábado, março 17, 2007

F.C. Porto 0 - Sporting 1

Bahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Mxx??+-"###P$$%%&&&//
F(*^^^^ªªªP***###$$+\!1!!!!!!!!!!!!!||||||||||
+********<<+-""##$%%%&amp;$#""&&%JHSD%(/Q"# %RE(OP_&%CVX%$#Y%TBR%TKD&amp;"#R$%TYWGER#$3
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=Amuo+Trombas+Cara de Cu

Solar

Só para desejar a todos um bom fim de semana que se deseja solar.
Espero não vos ter incomodado com a minha presença por aqui e acolá.
Vou descansar a auréola e polir o brilho.
Está baça e não vejo o meu reflexo.

A Pimentinha

Recordar a Elis que veio do lado de lá para o lado de cá
Morena de cabelo curto
Bonita Elis de trovas doces
Anjos te esperavam, braços abertos se fecharam
E te apertaram
As águas de Março te levaram
À 25 anos atrás




sexta-feira, março 16, 2007

Ai Quim...

Hoje tive a sorte de assistir a uma cena à la moda da gentinha da Margem SuL, do melhor.
A saber: um bando de ciganos abancados, esparramados nos sofas design em plena loja da Massimo Dutti. Hilariante. Estava a ver que montavam ali tenda e faziam concorrência com as suas maisqueperfeitasimitaçoesapreçodesaldo ali mesmo na cara dos tipos. A sorte deles é que numa quinta-feira à noite a meio do mês não há ninguém a passear o chanato no Shopping.
Uma loja toda fashion, com uns empregados todos apinocados a armarem-se em metrosexuais mal enchorcados a terem de aturar um bando de ciganas e ciganitos. Demais.
E era ver os putos a correr pela loja e as mães dos Quins aos berros.
Bela risada interior. Sim porque sou prudente e calejado pela juventude de rua na Margem SuL. Ainda me viam a rir da cena e faziam-me uma espera cá fora. Era um ver-se-te-a-vias.
Ai Quim...

E assim nasce um herói da nação.

E porque um dia o anjo sonhou em ser futebolista.
E porque os heróis têm sempre lugar no pódio celeste.
E porque o futebol não é tudo na vida de um gaijo.
E porque é impossível não gostar deste futebol.
Aqui fica uma dica do tradução simultânea

quinta-feira, março 15, 2007

Caminho. Para onde?




Há dias assim e dias assados.
Há dias com Sol e não há dias.
Há dias que não têm fim e nunca mais chega o dia...




E como relembra http://contosparaaana.blogspot.com/
"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
..."

Chico Buarque, Roda Viva

quarta-feira, março 14, 2007

Amigalhagem ou talvez não.

Não sei se isto é um vírus que por aí anda mas o que é certo é que nos últimos dias tenho sido bombardeado com cartas íntimas de amigos contendo autênticos retratos psicológicos e mesmo desabafos profundos.
Como tenho uns ombros largos (há quem diga que gosta, poucas, é certo, mas há, deixem-me acreditar que sim) e amigo à antiga portuguesa cá vai em forma de posta digital.
Devo confessar que um certo ping-pong faz sentido. Talvez haja "prá i" quem tenha sido visionário e já testado além e aquem mar estes formatos de amigalhagem. Sinto um dejá-vu.
Bem só me resta é mandar a bola para o outro lado da rede e vou "escancarar geral".

Para Conheceres Melhor os teus amigos!. Tens de copiar (NÃO REENCAMINHAR) todo este e-mail e copiá-lo para um e-mail novo, que enviarás. Altera todas as questões respondendo sinceramente e reenvia aos teus amigos, inclusive ao que te mandou este mail. No Assunto do e-mail, coloca o teu nome. Em teoria, conseguirás conhecer melhor os teus amigos graças a este jogo, vamos lá ver se resulta!
1. A que horas te levantaste hoje?
7:45
2. Diamantes ou Pérolas?
Nas gaijas pérolas no meu pulso relógios em aço e de mecanismo automático
3. Qual foi o ultimo filme que foste ver ao cinema?
Cartas de Iwo Jima
4. Série de TV Preferida?
Sopranos, deliro, adoro, queria ser um "capo".
Gosto também muito de uns certos lábios na Anatomia de Grey e de outros no Serviço de Urgência.
5. Que tomaste ao pequeno-almoço?
Habitualmente nada. Mas aquilo que para mim é um pequeno almoço perfeito é assim:
Servido na cama após ter acordado com um beijo e um sorriso de bom dia e depois de uma looonnnnnnnnngggggggaaaaaa espreguiçadela a tocar o céu azul e a fazer cócegas ao Sol brilhante logo pela manhã.
Café com leite. Compota ou doce de marmelo em torradas estaladiças.
Torradas douradas com manteiga dos açores derretida ou então simplesmente em pão fresco.
Um sumo de laranja natural.
Tudo isto com vista para a baía de Santorini, com o Atlântico azul turquesa a meus pés.
6. Qual é o teu nome do meio?
Não tenho nome do meio. Tenho duas metades: uma LM e outra FS.
7. Prato preferido?
Todos os que a Dona Bia faz.
8. Qual o que menos gostas?
Não gosto de queijo, ovos e azeitonas.
Pratos que não como: dobrada, iscas com elas, lasanhas e afins derretidos, de resto sou boa boca, bom garfo melhor bebedor. Um comensal que dá gosto ter numa mesa.
9. Marca de batatas fritas preferida?
Lays. Simples.
10. Qual é o o teu CD preferido, neste momento?
Tenho ouvido nos últimos dias uma cantora mexicana, morena gira, a Lila Downs
11. Que carro conduzes?
VW Polo 1.2 azul escuro, faróis olho de sapo, sujo por fora mas azul brilhante por dentro, tanto que até encandeia.
12. sandwich Favorita?
Os hamburgueres no pão com sementes de sésamo que a minha mãe me fazia quando ela trabalhava no bar do OndaParque na Costa de Caparica. Grandes tardes aquelas.
13. Que características não suportas?
A arrogância, a sobranceria, a vaidade, a traição, a indiferença, o mau gosto, a indelicadeza, a mesquinhez.
Porra! Este povo tem mto mau gosto. Todos os dias me entram pelos olhos dentro toneladas de mau gosto: no vestir, no comer, no ler, no falar, no ouvir, no estar.
14. Qual o teu tipo de roupa?
Não é aquele que eu gostaria pois faltam-me uns cm para outros modelitos. Gosto de roupa simples, discreta. Casual com apontamentos de exclusividade, o sapato, o relógio, a meia que fala ao ouvido da camisa, o ténis clássico anos 70 a 80.
Estilo mesmo é ter bom gosto no tom e na forma.
15. Se pudesses ir para qualquer sítio do mundo de férias, onde irías?
Nepal, Katmandu, Everest e Nova Iorque.
16. Marca de roupa preferida?
Ermenegildo Zegna, Hugo Boss, Fred Perry.
17. Se pudesses retirar-te por uns dias, para onde irias?
Barcelona.
18. Hora do dia favorita?
Aquela que passou sem eu dar por isso.
19. Onde nasceste?
Lisboa, MAC onde haveria de ser. Assim é fácil.
20. Onde é que ja viveste?
A bem dizer, algures na margem Sul do Tejo, eu suburbano chunga me confesso. Só não vou é para a ponte Vasco da Gama "assapar" nos bólides.
21. Qual é o desporto que preferes ver?
Basquetebol da NBA, o FCP, o Chelsea, o Barcelona e a Selecção Nacional.
22. Quem é que pensas que não te vai devolver este e-mail?
Só me vai devolver quem eu sei e quero.
23. Quem é que achas que vai responder primeiro
Não me interessa. Aliás já me esquecia detesto quem se põe em bicos dos pés, graxistas e quem com medo de perder o comboio não se importa de nos empurrar para debaixo dele.
24. Coca Cola ou Pepsi?
Coca cola, duas pedras de gelo e uma rodela de limão. Detesto imitações. Se não posso ter o original então vai mesmo é água.
25. Cães ou gatos?
Eu e os animais não somos fiéis amigos. Prefiro o Bacalhau e à posta.
26. Manhã ou noite?
Manhã de Sol, tarde soalheira e noite estrelada.
27. Pedicure ou manicure?
Nada disso. Roia as unhas em tempos e sempre usei água quente, sabão e um corta unhas para as dos dedos dos pés.
28. Alguma novidade que queiras partilhar com alguém?
Nem ninguém, nem novidade.
29. o que querias ser quando eras pequeno?
Arquitecto.
30. Qual é a tua melhor memória de infância?
Tantas. Todas. Fui verdadeiramente feliz na infância em quase todos os momentos. O avó Zé da Cruz, os picnics com a família na praia, os primeiros dias de aulas e o cheirinho a novo dos cadernos, livros, mochila, lápis, canetas bic, molin. As viagens à terra dos avós. Os primeiros amores. Os jogos da bola, as corridas de bicicleta, as compras nas vésperas de Natal na Baixa e no Chiado. O frango assado no BomJardim. Os livros do tio patinhas, os legos, ... chega. Acabou. Já sou inta.
31. Piercing?
Ao natural. Não gosto de encontrar objectos metálicos espanhados por aí.
32. Ja estiveste em África ?
Marrocos não é bem África. Gostava de ir a Cabo Verde, São Tomé (por causa do programa na Roça dos Tachos) e Moçambique
34. Ja estiveste num acidente de carro?
Acho que sim. O carro não era meu. Nâo ouve mortos nem feridos a registar.
35. Dia da semana preferido?
O dia em que posso dormir até acordar e em que não trabalho.
36. Restaurante Favorito?
Apesar de gostar muito de coisas boas confesso que não sou grande conhecedor de santuários. Come-se bem na minha casa. Come-se bem no Telheiro (Cruz de Pau, Margem Sul do Tejo), tem-se uma grande vista no Atira'te ao Rio no Cais do Ginjal, no LxIt que é de um amigo no Bairro Alto (publicidade), come-se um rodízio de peixe do melhor que há, ali perto de Albufeira, só que não se me alembra agora o nome.
Deixem as vossas sugestões pois se alguma anja quiser ir cear depois do teatro é bom que eu tenha planos. É que me faltam algumas artimanhas.
37. Flor Favorita?
Gerberas e malmequeres.
38. Gelado favorito?
Morango e chocolate. Limão e Chocolate.
39.Restaurante de fast food preferido?
Pasta House. Dá para ser criativo. Em alguns dias é a única hora de criatividade que tenho.
40. Quantas vezes falhaste o exame de condução?
Só uma no de código e foi um trauma.
41. Quem foi o ultimo a mandar-te um e-mail??
Talvez tenha sido o camarada Bicho.
42. Que loja escolherias se te dessem limite máximo de cartão de crédito?
Talvez a Remax. O que eu queria mesmo era uma casa no Chiado
com vista para o Rio, em Campo de Ourique, na avenida de Roma ou no bairro de Alvalade.
Se estiver fechada vou à Pixmania comprar a D8O.
43. De quem são as respostas que estás mais curioso por saber?
Não sou muito curioso. Gostava é que respondessem com toda a sinceridade ou então mentissem de fio a pavio.
44. última pessoa com quem foste jantar fora?
Com quem fui hoje almoçar.
45. O que estás a ouvir agora?
A ventoínha do computador e o rugir do teclado de tanta porrada que está a levar. Como só digo a verdade e nada mais do que a verdade e estou mto concentrado porque tb detesto erros ortográficos (sou disléxico no escrever) às vezes até me esqueço de pôr a agulha no vinyl.
46. Cor favorita?
AZUL, e azul&branco.
47. Quantas tatuagens Tens?
Tenho marcas na pele, sinais por todo o corpo, e uma ou duas cicatrizes.
48. A quantas pessoas vais mandar este e-mail?
A nenhuma.
49.. A que horas acabaste de responder a estas perguntas??
À hora do costume, tarde e a más horas, 24:30.
50. Revista Favorita?
National Geographic, todas as de arquitectura.
Detesto Revista à Portuguesa e adorava a Ivone Silva, o Camilo de Oliveira e o Vasco Santana.

A dreamer.


A dreamer.
Originally uploaded by luisa_m_c_m_cruz.
Da inspiração da flashadora.

"All men dream: but not equally. Those who dream by night in the dusty recesses of their minds wake in the day to find that it was vanity: but the dreamers of the day are dangerous men, for they may act their dream with open eyes, to make it possible."
T. E. Lawrence

Sons na caixa.

E porque às vezes a respiração não passa, o bafo húmido não se cola à pele e não se houve o bater do coração, DJ Mau trouxe hoje na sua bolsa vinyl à tiracolo as Danças Ocultas.
Respirem, bafejem e oiçam o coração bater.

Leituras - Quais as diferenças entre Portugal e Espanha

"(...) A inactividade da sociedade civil em Portugal é chocante. De vez em quando a comunicação social lá consegue criar uma onda de indignação que rapidamente acaba na primeira curva, como se viu na Casa Pia ou agora no caso Esmeralda. O português médio queixa-se, lamenta-se, mas não se mexe, não se organiza, não está disposto a perder o seu precioso tempo de lazer em manifestações. Ficam pois os sindicatos e os partidos como senhores do direito à indignação. E já se sabe que estes senhores têm mais do que fazer. Na verdade, não surpreende que a qualidade dos senhores do direito à indignação seja pouco digna. É que não têm concorrência.
A sociedade civil espanhola tem hoje um papel enorme, interventor, activo nas agendas políticas e sociais, bem ao contrário da portuguesa. São os milhares de ONG que cada dia organizam actividades participativas, são as manifestações de rua que frequentemente mostram o pulso da sociedade (...) são as tertúlias onde se discutem os problemas de cada comunidade, são as múltiplas petições e são as juntas de vecinos que através dos mecanismos formais e informais exercem, uma influência assinalável na política local. Comparada com a portuguesa, Espanha tem uma sociedade pujante e activa.
A qualidade da democracia é determinada pela sociedade civil. Não só pela óbvia necessidade de uma cidadania exigente, mas também pelo efeito disciplinador que tem nos partidos políticos e nos sindicatos. Estes concorrem activamente com as ONG, as associações, as juntas de vecinos e mesmo a Igreja Católica pela representatividade social. A rua não tem dono, ainda menos não é de esquerda.(...)
(...) A comunicação social é mais um sinal visível de uma sociedade viva. Está polarizada e politicamente comprometida (bem ao contrário do caso português onde é tudo pseudo-independente). Existem muitos "Prós e Contras" e vários "Professores Marcelo". Não domina a ditadura dos senhores professores, dos sábios e dos mediáticos. Existe pluralismo intelectual porque existem juntas de vecinos e existem juntas de vecinos porque há pluralismo intelectual. Para nossa desgraça, em Portugal, não há nem juntas de vecinos nem pluralismo intelectual. E uma democracia sem pluralismo intelectual definha.

Por Nuno Garoupa na Atlântico nº24

Tenho que concordar.
Só me lembro da causa de Timor Leste que foi talvez a única que despertou o monstro adormecido da nossa sociedade civil.
De resto, há a selecção nacional de futebol e pouco mais. Mas isso são outros quinhentos paus.
É uma miséria franciscana.
A nossa geração não é rasca, só não tem é causas.

Pergunto-me agora como seriam as nossas juntas de vizinhos?
A ver pelas histórias que oiço passadas em assembleias de condóminos havia de ser bonito.

"Biba Hespanha"
Viva o nosso PortugaL

quinta-feira, março 08, 2007

Mulher


Gerbera & shadow
Originally uploaded by Graça Vargas - Flowers.
Se há coisa que me desgosta é o excesso de feminismo de algumas mulheres.
Não sei se hei-de desistir ou insistir
Nos tempos que correm ser cavalheiro e gentil está fora de moda.
Pode até ser considerado sinónimo de menosprezo, sobranceria, superioridade ou homosexualidade.
Vivem-se tempos agrestes na relação homem/mulher. Ou será que não?
Desejo ardentemente que elas não se mutilem na sua feminilidade.
Têm toda a razão quando dizem que o dia da Mulher deveria ser todos os dias.
Mas a nós os Homens ninguém nos celebra em particular.
Seremos nós uns apêndices que para aqui andam, desprovidos de qualquer qualidade especial que mereça celebração?

Pelas mulheres da minha vida, porque vocês são a côr na nossa vida e nós a sombra que vos acompanha, não desisto.

INSISTO.

Geriberas para todas.

quarta-feira, março 07, 2007

A Saga da Ervilhagem Continua


Podem não ser minhas, mas gosto muito delas desde a primeira hora.

Podem ser verdes, verdinhas, "listradas" ou às bolinhas que são muito bem vindas no meu colo e a sua mão na minha, onde, quando e sempre que quiserem brincar, falar ou dar pontapés numa bola. O tio de asas felpudas e auréola baça é craque e vai-vos ensinar cá uns truques que só visto.
Fico então ansiosamente à espera de conhecer esse brilho nos vossos "zóios".
Esses novos satélites que irão "orbitar" em torno da vidinha celeste.
São 3.
O T por cá, o T lá no meio do Atlântico e o/a ?NoOriente.
Venham mais cinco.

terça-feira, março 06, 2007

Bye, bye Champions.

Estou de trombas. Não me dirijam a palavra senão ainda levam mas é uma cabeçada à Cais do Sodré. Tenho um péssimo mau perder.
Estou furibundo, stressado, revoltado, chateado, raivoso, mal-disposto, com os azeites, cara de cu, encafifado, indignado. Estou aqui que nem posso!
Estou capaz de partir a loiça toda e dar um pontapé em alguém.
Não se aproximem.
Pode ser que amanhã de manhã, depois do primeiro café, isto passe.
Por hora... Poooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!

segunda-feira, março 05, 2007

A vida está lá fora e a minha cama aqui mesmo ao meu lado.
Já que a fiz, vou-me deitar nela.

domingo, março 04, 2007

Banho de água fria

Estou aqui que nem posso de tanto desconsolo.
É que este ano, ao contrário dos últimos anos, a Meia Maratona de Lisboa não vai poder contar com a ilustre participação celeste. Um ano inteiro a preparar-me (psicologicamente), quase duas semanas a treinar arduamente e os euros da inscrição vão para o galheiro.
É uma travessia belíssima com o rio a nossos pés pela ponte 25 de Abril.
Eu adoro correr esta prova. É um desafio à capacidade de sofrimento e uma das poucas vezes em que dou por mim a ultrapassar os meus limites e a acreditar que é possível chegar à meta. Deve ser das poucas coisas em que a medalha calha bem no pescoço do anjo.
Aproveitem e levem as vossas ervilhas a passear com o pobão.
Como hoje de manhã dizia o prof. Júlio Machado Vaz na Antena 1, a propósito do isolamento das nossas crianças em frente à televisão e às consolas de jogos:
"(...) O mundo está é lá fora(...)".

Mas tudo isto é por uma boa causa. A ervilha nº8 vai conhecer Jesus e convidou-me para fazer parte da comissão de frente e está claro que a um convite de amigalhagem e ervilhagem só temos um SIM como resposta.
Apesar de já não fazer parte do "time" crente ainda faço parte do "time" cristão.

Boa prova e que ganhe o melhor. Quer dizer já sabemos todos que vai ser um Queniano, Etíope ou Marroquino. É só uma questão de intensidade do negro da cor da pele.

Solicitam-se comentários Maus.

Meus caros amigos e companheiros, palhaços deste circo de pulgas que é a vida blogosférica.
Gostaria de solicitar aos demais e ilustres quase cinco visitantes deste casebre a cair aos pedaços que quando aqui viessem xeretar e ficassem indignado(a)s ou pura e simplesmente discordassem dos "bitaites" celestes que lavrassem o vosso protesto, a vossa indignação.
Não gosto nada de "yes man". Este é um espaço de liberdade e democrático por natureza.
Manifestações de cartaz em riste e megafone na boca são desnecessários pois dão muita "trabalheira". Podem sempre deixar a vossa reclamação por escrito.
Esta é uma casa séria e cumpridora da lei vigente. Temos livro de reclamações e até mesmo provedor do cliente.
Servir bem e bem servir dá saúde e faz sorrir, é um dos nossos muitos lemas copiados de alguém.
Ao vosso dispor.
Mau, Cara D'Anjo Mau.

Avó Maria

A minha avó Maria faz amanhã 92 anos. Nasceu em 1915, à muito, muito tempo.
No tempo dos nossos avós...como rezam as estórias de embalar.
Hoje foi dia de estar a seu lado. Dar-lhe o meu sorriso e a companhia que lhe faltam pela distância que nos separa.
Devíamos poder ter os mais velhos sempre a nosso lado. Ouvi-los rezingarem, ouvi-los simplesmente. Acho que o que os velhos mais precisam é de alguém que esteja dispoto a ouvi-los.
Infelizmente o sonho urbano da grande cidade deixou-os abandonados à sua sorte. Os filhos emigraram para a cidade e o campo envelheceu. Os netos nasceram numa terra que não é a sua porque as suas raízes ficaram longe.

A avó quis sair este Inverno de sua casa e juntar-se às suas amigas no lar de idosos da aldeia. Por sua livre e espontânea vontade. Sentiu-se só e sem forças. Não quis que o destino a encontrasse sozinha numa casa que já não a aquecia por mais calor humano que transportássemos conosco a cada visita.
Agora é uma das irmãs mais velhas que zela pelas outras mais cabisbaixas e prostradas.
Renzinga com todos e tem sempre razão. Quando se chega a esta idade pode-se. É um direito que se adquire.
Parabéns avó.

Para que saibam hoje na lezíria Ribatejana as cegonhas andavam num alvoroço que só visto. Vôos razantes aos veículos forasteiros deixavam adivinhar a construção acelerada de ninhos à espera da Primavera.

Nota gastronómica: Plumas de porco preto com migas de coetros bem regadas com um tinto da Fundação Eugénio de Almeida no restaurante Gato Preto em Ponte de Sôr, recentemente instalado num antigo armazém restaurado a preceito, mesmo junto à antiga estação dos comboios, onde em tempos felizes, um certo tio Mariano esperava, de braços abertos e com o seu espada verdinho reluzente, o pequeno traquinas.

quinta-feira, março 01, 2007

Leituras - Revista Atlântico

Hoje foi dia de leitura nova sobre a mesa, a revista Atlântico. Uma revista mensal de ideias e debates.
Comprei porque escreve lá a Carla Hilário Quevedo cujo blogue Bomba Inteligente é referência de excelência e bom gosto cá da casa.
Só depois de perceber que a jeitosa era Atlântica é que fiquei curioso em saber o que uma revista que se diz de direita tem a dizer nesta terra, em que os media são de esquerda e em que ainda se sente um certo complexo em ser de direita no pós 25 de Abril.
Eu não sou de direita nem de esquerda. Eu sou de direita e de esquerda. Sou "ambidestro".
Sou da geração pós 25 de Abril que acredita na liberdade, na democracia, no respeito, não pela moral pela moral, mas sim pelos bons costumes, no respeito ao próximo até mesmo pelos nossos irritantes vizinhos do 2ºB. Acredito nos valores da família, da amizade, da solidariedade.
Sou agora um leitor da Atlântico que sempre foi à festa do Avante.
Sou um admirador da pessoa do camarada Jerónimo de Sousa e um espectador fiel do personagem do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Sou fã do Miguel Esteves Cardoso , Heróis do Mar, Sérgio Godinho e Jorge Palma.
Qualquer dia faço uma lista...

Alguém me explica, por favor, se preciso de psicanálise ou se é alguma crise que ataca aos intas?

Bem mas não foi para isto que aqui vim.
Simplesmente para vos deixar com o texto de que mais gostei até agora na Atlântico nº24 de Março 2007 e que podia, perfeitamente, ter sido escrito por mim
(ainda não a terminei, é mensal e mto cara 4€, por isso, há que fazer render bem o peixe até ao final do mês, para assim justificar o investimento).
Gostei mesmo muito, même, même muito de ler esta coluna. É bom quando a leitura nos exercita os músculos do sorriso, por hora, meio flácidos.

Coluna o Solteirão - Adolfo Mesquita Nunes

" Aproveito esta coluna, e a vossa paciência, para colocar um anúncio, que espero proveitoso. Muito obrigado. propostas de venda para adolfomesquitanunes@gmail.com.
Procura-se apartamento em Lisboa. Nem perto, nem muito perto. Em Lisboa, perto de tudo o que em Lisboa me possa interessar, não necesariamente longe de nada. De preferência, um apartamento cujo espaço que não prejudique - antes provoque - as minhas escolhas, que permita um espaço de liberdade, onde o tempo flua sem engulhos.
Uma varanda ou terraço que acomode expectativas e saudades, que tenha recantos para dias de sonho e outros de pesadelo será evidentemente uma vantagem.
Espera-se que a casa tenha divisões com espaço mínimo. Ou seja, que me possibilitem estar só e estar mal acompanhado, que tenham áreas com muito ar e não áreas em que me possa faltar o ar.
Quero um sítio onde seja eu a comandar o espaço e o tempo. Com paredes obedientes, que se calam para me deixar ficar a ouvir, quando não tiver mais do que o respirar para me saber vivo. Se possível, gostaria de poder suportar as relações e as ralações, o seu aparecimento e desaparecimento, sem que umas e outras se mesclassem no ambiente ou nas cores e arruinassem o que está para vir.
Preciso de uma casa que permita dias em que somos dois, ou dois em um, ou um em dois. E que tenha cantos para arrumar momentos de sempre. e de nunca. Para sempre. para nunca.
Anseio por uma casa com ou sem escadas, mas que me deixa subir e descer. Que se disponha a suportar músicas e vícios antigos. Que não afugente o que quero guardar de mim. E dos outros. mas que, ao mesmo tempo, esteja apta a deixar fluir os devaneios do momento. Tem que reflectir a cor e a vontade. Tem de sucumbir aos caprichos e às necessidades. Tem de ter espaço para o que tiver de ser. Ou para o que não tiver de ser. Ou para ambos.
Quero um espaço meu. Para mim. Um espaço de liberdade que acolha esperanças e expectativas. Que dê lugar aos sonhos, que os chame e que os cumpra. Eu sei que a casa existe. E será"

p.s. - Já fiz referência a eles em posta anterior, mas não posso deixar de os elogiar novamente aos Dedos em mais uma brilhante tirada na última página da Atlântico.
Para mim as últimas páginas de jornal e revistas são sempre as primeiras a ser lidas. Não sei porquê nem quando começou esta mania, mas é mais forte do que eu. Primeiro vejo a capa, depois passo para a contracapa e folheio em passo de corrida de trás para a frente.

O texto tem um final abrupto. Acho que a imagem que colocaram para o ilustrar sobrepôs-se a algumas palavras. Vou reclamar.